Psicoterapia não é como um remédio rápido e fácil de ingerir...

Não existe uma fórmula mágica. Para todos, a psicoterapia é um processo de desenvolvimento intenso, que exige coragem e compromisso: a coragem de se olhar por inteiro e o compromisso com o seu próprio crescimento interior.

Todo psicólogo trabalha da mesma maneira?

Não. Existem diversas abordagens, por vezes muito diferentes, por se originarem em teorias elaboradas em épocas distintas, cada qual com suas observações do comportamento e desenvolvimento humano. Além da teoria, a formação clínica do psicoterapeuta será aprofundada através da sua vivência em consultório e seu constante aprimoramento. 

Em minha prática, embora partilhe de um sólido referencial comportamental, procuro sempre adaptar a abordagem a cada paciente, dentro do que faz mais sentido para suas características e seu contexto. 

Fatores biológicos e a neurociência

Não podemos nos esquecer de que tanto o pensamento quanto as nossas emoções são reações eletrobioquímicas. Portanto, desequilíbrios em nosso sistema nervoso central e outros sistemas podem causar também desajustes comportamentais. A neurociência, um campo de pesquisa científica em constante evolução, nos traz cada vez mais informações consistentes nesse sentido.

Quando levantamos a hipótese de um fator orgânico como causa principal para um quadro emocional, precisamos investigar com muito critério o papel das interferências biológicas no aparato emocional. Nestes casos, trabalhamos em parceria com outros profissionais da saúde habilitados para lidar com o quadro dentro de um contexto médico, que dependendo do caso pode ser endocrinológico, neurológico, ou psiquiátrico, somando esforços no trabalho de recuperação do equilíbrio emocional do indivíduo. 

Tanto a avaliação diagnóstica quanto a intervenção psicoterápica são trabalhos que desenvolvo dentro da minha prática clínica, acrescidas das contribuições da neuropsicologia.

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